Vasinhos no rosto é um problema muito comum nos consultórios de dermatologia e cirurgia vascular. A boa notícia é que essa área também foi muito privilegiada com novas técnicas e aparelhos que podem te surpreender. Quase sempre é necessário associar 2 ou três destas tecnologias para tratar os vasinhos de rosto (nariz, bochechas, periocular região malar, ao redor da boca e, a mais difícil delas, região mandibular).
Escleroterapia, laser ultrapulsado, radiofrequência, eletrocoagulação, LIP e microcirurgia são os mais frequentemente usados.
Assim como nas pernas, os vasinhos podem ser muito finos, como os das bochechas, médios como os do nariz ou maiores como os ao redor da boca e região mandibular e perioculares. E os tratamentos, claro, são diferentes.
A segunda região do corpo mais afetada por vasinhos é a face. Curiosamente, apesar da alta incidência, não se tratava muito este tipo de lesão há alguns anos. Atualmente, talvez pelo grande enfoque que os dermatologistas têm dado aos tratamentos estéticos, a cada dia nos deparamos com um maior número de pacientes procurando melhorar estas imperfeições. Outro fator que contribuiu para o aumento do número de tratamentos foi a anestesia (pomadas e resfriamento). Anteriormente a estes artifícios, era difícil suportar a dor dos tratamentos, especialmente a cauterização, técnica mais usada há alguns anos.
Outro fator que aumentou a procura por tratamentos foi o aumento do uso de ácido retinóico como antienvelhecimento cutâneo. Esse medicamento, amplamente prescrito pelos dermatologistas, tem excelentes resultados na aparência da pele mas aumentam a incidência de vasinhos.
Uma das mais importantes causas de vasos na face, em nosso meio, tem sido a cirurgia de rinoplastia, ritidoplastia e blefaroplastia. Este tipo de complicação não costuma ser citado pelos cirurgiões plásticos possivelmente porque o surgimento é tardio, acontecendo ao redor de um ano após a cirurgia. Como neste período o paciente em geral não está mais sendo acompanhado, o problema pode passar despercebido.
A exposição excessiva ao sol, que não causa vasinhos nas pernas, é um importante fator causal dos vasinhos do rosto.
As telangiectasias (vasinhos) da face são muito diferentes das encontradas nos membros inferiores. Nos membros inferiores, como o sangue tem dificuldade em subir até o coração, as veias se dilatam. No rosto não é assim. Pelo contrário, o sangue desce com facilidade para o coração.
As telangiectasias da face são formadas por microfístulas artério-venosas. Um mecanismo complexo que merece um texto específico.
Rosácea
A rosácea é uma “vermelhidão” persistente da face e nariz que pode causar sensação de peso, ardor e congestão local. Olhando de perto, é um grande aglomerado de micro vasinhos que em determinadas situações ficam exacerbados. Pode ser acompanhada de acne ( acne rosácea ). O tratamento clínico é feito com medicações tópicas e nos casos mais severos são usados lasers.
Vários láseres têm sido usados no tratamento da rosácea com bons resultados. Os principais são: Q Switch 532nm, Dye Laser pulso curto 590nm, Nd YAG pulso longo 1064nm além dos aparelhos de Luz Intensa Pulsada com filtro verde/amarelo.
Olheiras e poiquilodermia de Civatte
São doenças onde uma alteração vascular acaba levando a uma deposição de pigmentos (hemossiderina por extravasamento e melanina por intoxicação dos melanócitos) com consequente alteração da cor das pálpebras, na olheira, ou do pescoço e colo na poiquilodermia. As duas patologias são tratáveis com os mesmos lasers vasculares citados anteriormente e os aparelhos de luz intensa pulsada com excelentes resultados.